Tecelagem como Forma de Identidade e Resistência -
Huni Kuin - No coração da Amazônia, as mulheres Huni Kuin utilizam a tecelagem como uma forma de expressar sua identidade cultural e resistência. Suas peças, adornadas com grafismos que contam histórias e mitos de seu povo, são uma manifestação de sua cosmologia e conexão com a natureza. O ato de tecer para elas não é apenas funcional; é um rito que conecta passado e futuro, onde cada fio carrega significados profundos.
Mulheres de Pernambuco - Em Pernambuco, as tecelãs de comunidades como Tacaratu também preservam saberes ancestrais. A produção artesanal de redes, utilizando o “tear de pau”, destaca a continuidade de um ofício transmitido de geração em geração. Aqui, a tecelagem é um ato coletivo, envolvendo toda a família e fortalecendo os laços comunitários. As redes, elaboradas com técnicas que mesclam tradição e inovação, são um símbolo de resistência cultural.
Uma Teia de Histórias - Ambos os grupos compartilham a experiência de transformar um ofício tradicional em um meio de resistência e afirmação de identidade. As mulheres Huni Kuin, com sua profunda relação com a natureza, e as artesãs de Pernambuco, que mantêm vivas as práticas de seus antepassados, mostram que a tecelagem é uma arte que transcende fronteiras culturais. Cada peça criada, seja um pano, uma rede ou um tapete, é um testemunho da resiliência e da força feminina.