08 Nov
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A tecelagem é uma prática ancestral que conecta culturas e histórias ao redor do mundo. Em Pernambuco, as mulheres que tecem preservam técnicas tradicionais, como a renda renascença e o uso de fibras naturais, criando peças que refletem a riqueza cultural local. Essa prática dialoga com a herança das tecelãs africanas, cuja arte, além de funcional, carrega forte simbolismo social e espiritual, evidenciado nos significados das cores, padrões e tecidos produzidos com fibras como algodão e ráfia.
Entre os Huni Kuin, uma tribo indígena amazônica, a tecelagem é profundamente espiritual, envolvendo o uso de plantas locais para criar padrões que narram histórias e representações do mundo natural, estabelecendo uma conexão entre tradição, identidade e a preservação da cultura. 
Anni Albers, pioneira na tecelagem moderna e primeira mulher formada na Bauhaus nessa área, trouxe para o design têxtil uma abordagem inovadora que mesclava funcionalidade e estética, explorando técnicas tradicionais e industriais. Sua visão resgatava o valor da tecelagem como arte, conectando-a ao cotidiano e à história.
Essas mulheres, apesar de suas diferenças culturais e contextos, compartilham o fio condutor da resistência, criatividade e transmissão de saberes por meio da tecelagem, transformando fios e fibras em expressões culturais únicas que transcendem o tempo.

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